quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Em SP, MST ocupa sede do INCRA pela pauta da Reforma Agrária

Na manhã desta quarta-feira, dia 03, cerca de 500 trabalhadores e trabalhadoras do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a sede da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), para pressionar o governo em relação à pauta da Reforma Agrária.

Segundo informações do MST, desde o mês de junho, os trabalhos do INCRA estão paralisados, aguardando a nomeação de um novo superintendente. O movimento ficará ocupado até que seja realizada a nomeação e negociação das pautas de reivindicação.

Dentre elas, estão a desapropriação de terras, regularização dos assentamentos já existentes, assistência técnica, crédito para a produção, infraestrutura e negociação das dívidas das famílias assentadas.

O ato também faz parte da Jornada Nacional de Lutas de centrais sindicais e de diversos movimentos sociais.

Veja Nota Oficial do MST:

Toda solidariedade!

MST OCUPA INCRA DE SÃO PAULO

Cerca de 500 trabalhadores e trabalhadoras acampados e assentados do MST do estado de São Paulo ocuparam a sede da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), na manhã de hoje, 03 de agosto. O ato tem por objetivo pressionar o governo para a pauta da Reforma Agrária.

Desde junho deste ano, os trabalhos do órgão em São Paulo encontram-se completamente paralisados, aguardando a nomeação de um novo superintendente.

A pauta de reivindicações do Movimento no estado é antiga: desapropriação de terras, regularização dos assentamentos já existentes, assistência técnica, crédito para a produção, infraestrutura e negociação das dívidas das famílias assentadas.

Segundo Gilmar Mauro, da Direção Nacional do MST, “O Incra de São Paulo não tem superintendente, não tem assistência técnica proporcional à demanda, não tem dinheiro. É mais fácil perguntarmos o que afinal temos para realizar a Reforma Agrária!”.

A atividade integra a Jornada Nacional de Lutas das centrais sindicais, movimentos sociais e diversas organizações, que realizarão uma série de manifestações durante o mês de agosto. “É preciso compreender que a Reforma Agrária não depende apenas do MST, mas de toda a sociedade. Estamos reivindicando terra sim, mas também um outro modelo de produção que vai contra o que está sendo praticado pelas grandes empresas, com o apoio do Estado brasileiro. Trata-se de discutir se vamos continuar comendo esta comida envenenada, e que tipo de uso queremos dar aos nossos recursos naturais, que estão sendo transformados em mercadoria”, afirma Gilmar.

Além desta ocupação, o MST participa do ato das Centrais Sindicais e Movimentos Sociais realizado hoje na capital paulista. A pauta integrada contempla, entre outros pontos: 1) Redução da jornada de trabalho, sem redução salarial; 2) Destinação de 10% do PIB para a educação e 3) Campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida.

Maria Aparecida e Jade Percassi
Comunicação e Cultura do MST/SP

Entrevista Silvio Tendler:"Nós podemos construir uma agricultura sem agrotóxicos"

Documentário "O veneno está na mesa" mostra como o Brasil facilita o consumo dos agrotóxicos

Por Raquel Júnia, para a EPSJV/Fiocruz

No dia 25 de julho, foi lançado no Rio de Janeiro o documentário "O Veneno está na Mesa", de Silvio Tendler. Em cerca de 60 minutos, o filme mostra como o país facilita o consumo dos agrotóxicos e como movimentos sociais e setores do próprio governo como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) têm tentado, de formas distintas, alertar sobre o problema.

Com entrevistas de trabalhadores rurais, pesquisadores da área da saúde e diversos dados e informações inéditas, o documentário denuncia casos de contaminação pelo uso de agrotóxicos, inclusive com a morte de um trabalhador, e mostra como é possível estabelecer outro modelo de produção sem o uso de venenos, baseado na agroecologia. Em estreia lotada, com a presença de mais de 700 pessoas, Silvio Tendler pede que o filme circule por todo o país. Como as cópias não serão vendidas, ele autoriza as pessoas a reproduzirem o documentário para que o sinal de alerta chegue a todos os cantos do país e anuncia que em breve o filme também estará disponível na internet. Confira a entrevista concedida à EPSJV/Fiocruz.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=WYUn7Q5cpJ8

Fonte:http://carosamigos.terra.com.br/