Na manhã desta quarta-feira, dia 03, cerca de 500 trabalhadores e trabalhadoras do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a sede da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), para pressionar o governo em relação à pauta da Reforma Agrária.
Segundo informações do MST, desde o mês de junho, os trabalhos do INCRA estão paralisados, aguardando a nomeação de um novo superintendente. O movimento ficará ocupado até que seja realizada a nomeação e negociação das pautas de reivindicação.
Dentre elas, estão a desapropriação de terras, regularização dos assentamentos já existentes, assistência técnica, crédito para a produção, infraestrutura e negociação das dívidas das famílias assentadas.
O ato também faz parte da Jornada Nacional de Lutas de centrais sindicais e de diversos movimentos sociais.
Veja Nota Oficial do MST:
Toda solidariedade!
MST OCUPA INCRA DE SÃO PAULO
Cerca de 500 trabalhadores e trabalhadoras acampados e assentados do MST do estado de São Paulo ocuparam a sede da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), na manhã de hoje, 03 de agosto. O ato tem por objetivo pressionar o governo para a pauta da Reforma Agrária.
Desde junho deste ano, os trabalhos do órgão em São Paulo encontram-se completamente paralisados, aguardando a nomeação de um novo superintendente.
A pauta de reivindicações do Movimento no estado é antiga: desapropriação de terras, regularização dos assentamentos já existentes, assistência técnica, crédito para a produção, infraestrutura e negociação das dívidas das famílias assentadas.
Segundo Gilmar Mauro, da Direção Nacional do MST, “O Incra de São Paulo não tem superintendente, não tem assistência técnica proporcional à demanda, não tem dinheiro. É mais fácil perguntarmos o que afinal temos para realizar a Reforma Agrária!”.
A atividade integra a Jornada Nacional de Lutas das centrais sindicais, movimentos sociais e diversas organizações, que realizarão uma série de manifestações durante o mês de agosto. “É preciso compreender que a Reforma Agrária não depende apenas do MST, mas de toda a sociedade. Estamos reivindicando terra sim, mas também um outro modelo de produção que vai contra o que está sendo praticado pelas grandes empresas, com o apoio do Estado brasileiro. Trata-se de discutir se vamos continuar comendo esta comida envenenada, e que tipo de uso queremos dar aos nossos recursos naturais, que estão sendo transformados em mercadoria”, afirma Gilmar.
Além desta ocupação, o MST participa do ato das Centrais Sindicais e Movimentos Sociais realizado hoje na capital paulista. A pauta integrada contempla, entre outros pontos: 1) Redução da jornada de trabalho, sem redução salarial; 2) Destinação de 10% do PIB para a educação e 3) Campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida.
Maria Aparecida e Jade Percassi
Comunicação e Cultura do MST/SP