Poesias

SONHO

Sonho que se vai
Azul da imensidão
Luz que já si viu
A dor da solidão

Memória adormecida
Palavras escondidas
Sentimento doloroso
Entardecer valoroso

Seus olhos me escondem algo
Algo que não sei dizer
Seu semblante de tristeza
Logo resplandecerá sua beleza

Peito apertado
Choro de desanimar
Um gosto amargo na boca
É muito doloroso te amar

Lucas Matos de Sousa (Lucas Andarilho)
19/09/2011
18:59
Vivemos em busca da paz
Flores coloridas não as vejo mais
Perco-me em meus pensamentos
Fico triste com tanto desmatamento

Saudades da minha infância
No Orobó vivi meus tempos de criança
Saudades dos riachos
Na minha mente ficaram apenas retratos

Momentos de alegria
Amor pelos animais e pela natureza
Começam as descobertas
Momentos de destreza

Meu coração está aos pulos
Choro de alegria logo me vem os soluços
Saudades dos pássaros
Hoje os mais jovens seguem os meus passos

Na chapada sou andarilho
Vou lutar pelo mundo melhor
Melhor para nossos filhos

Ventura, vale do capão
Águas claras, Primavera
Cachoeira do Buracão
Cachoeira da fumaça, Toca do Morcego
Poço do diabo, Morro dos Três irmãos

Riachinho, Cachoeira do sossego     
Morro do pai Inácio, Cachoeira do Rio Preto
Vale do Patí
Os andarilhos lutam por ti 


Lucas Matos de Sousa (Lucas andarilho)
14 de julho de 2010
Wagner - Ba


O silêncio da minha voz se confunde com a vontade de gritar
O céu azul a nuvens brancas, amanheceu o sol voltou a brilhar
Os pensamentos voam sem parar
O som da cachoeira refrigera minha alma
O canto dos pássaros alegres a voar
A natureza virgem é o meu habitat
As nuvens escurecem, é a chuva que vem chegando
Chuva para lavar... lavar o universo, conspiração positiva, Marte voltou a me guiar
De repente me vem uma vontade de chorar
Meu coração está feliz. Sinto vontade de cantar
Cantar como os pássaros, flutuar no espaço, nadar como os peixes, me envolver no verde....vontade de te amar

Lucas Matos de Sousa (Lucas Andarilho)

01/01/2010 Cachoeira do Rio Preto- Vale do Capão



TEMPO


Sempre viril com os antigos.
Tens uma dor tão contente.
Relicário dos vividos.
Animas as festas decadentes.


Sob os auspícios prometidos.
Tens um teor tão evidente.
Vens para revelar inimigos.
Torna-me tão dependente.


Emergido do sofrido.
Acalenta a minha mente.
Santuário enternecido.
Aguerrido com o presente.


Tão sútil, tão bandido!
Testemunha dos descendentes.
Apresenta laços tão envolventes.
Me aguarde, tempo amigo.


Leonardo Santos
Itacaré, 15 de março de 2010.




Aquela outrora luz distante hoje se aproxima relevante,
E que tudo ilumina e que minha alma acalma e fascina,
Cobrindo com o seu manto o horizonte feliz da minha sina,
Que recorta nos ângulos e nas neblinas da serra do Sincorá,
A sua realização!
Sim, em frente honrado com a emoção,
Procuro insólito solitário o relampejo da razão,
Razão raza, tacanha, sistêmica de uma vida cujo norte imposto é a maldita acumulação,
Mas me sinto leve tranqüilo e eleito
Quando penso que mesmo sem jeito,
Vivo buscando o pleito da realeza do Capão.
O vale é singelo
O azul mais azul
O entardecer é amarelo,
A vida é eclética
A lógica é helvética
A tautologia vem da inspiração
Assim não mais que de repente,
Me encontro deveras contente,
Relatado por palavras,
Atos dessa mente
Que hoje mais do que nunca consciente
Está a buscar a profunda razão Insculpida nas serras do Vale do Capão.

Leonardo Oliveira Santos (Léo Andarilho)


Sou rebento, descendo do meu prórpio padecer
Sou ínfimo, espectro boreal do meu prazer.
Sou sublime, Desalinho de todo sofrimento.
Sou aurora, vivência cadente de meu ser.
Sou crepúsculo, alcaide e algoz de todo lamento.
Mas me refaço, rebusco, reinvento.
Adentro o salão amplo de todo entardecer.
Tão esguio quanto o meu próprio tempo, adormeço a cada amanhecer.
Detalhe imperceptível no tormento,
Lamuria em paráfrase do viver.
Sou humano, divino e tacanho.
Sou província, país em hemisfério estranho.
Vivendo em meio ao esdruxulo rebanho,
Qestionam-me, quanto perco, quanto ganho
Mas por ser ínfimo nunca perco.
Por ser sublime ganho.
Por ser aurora sou estranho.
Por ser crepúsculo sou tacanho.


Leonardo de O. Santos
Léo Andarilho
Ruy Barbosa, 12/07/2010