Sou ínfimo, espectro boreal do meu prazer.
Sou sublime, Desalinho de todo sofrimento.
Sou aurora, vivência cadente de meu ser.
Sou crepúsculo, alcaide e algoz de todo lamento.
Mas me refaço, rebusco, reinvento.
Adentro o salão amplo de todo entardecer.
Tão esguio quanto o meu próprio tempo, adormeço a cada amanhecer.
Detalhe imperceptível no tormento,
Lamuria em paráfrase do viver.
Sou humano, divino e tacanho.
Sou província, país em hemisfério estranho.
Vivendo em meio ao esdruxulo rebanho,
Qestionam-me, quanto perco, quanto ganho
Mas por ser ínfimo nunca perco.
Por ser sublime ganho.
Por ser aurora sou estranho.
Por ser crepúsculo sou tacanho.
Leonardo de O. Santos
Léo Andarilho
Ruy Barbosa, 12/07/2010
Gostei !!! ;)
ResponderExcluirBjus
- Dai