As catadoras de mangaba do Sergipe criaram movimento estadual para impedir a extinção das mangabeiras.
Por Danielle Noronha
Localizado no litoral sul do Sergipe, o município de Indiaroba contribuiu decisivamente para a criação e a difusão – nos últimos anos – do movimento de defesa das catadoras de mangaba do Estado, uma atividade extrativista que é passada de geração em geração há muito tempo. É mais do que uma fonte de renda da comunidade, é uma tradição familiar – agora ameaçada pela especulação imobiliária e outras atividades industriais.
A presidente da Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba, Alicia Santana Salvador Morais, começou a catar mangaba aos 4 anos de idade, hoje ela tem 24. Aprendeu com seus pais, que por sua vez foram ensinados pelos avós. E os filhos de Alicia, Adelina e Manoel Salvador, também já participam da tradição.
Alicia conta que a tradição existe há centenas de anos: “Essa cata é de geração em geração, quando a minha família veio pra cá a renda era pesca e mangaba. Essa rua aqui [onde ela mora] chama Rua da Mangabeira porque ela era todinha de mangaba. Grande parte das famílias que moram aqui, vive disso”.
Natural de Jandaí, na Bahia, mudou-se com o pai para Pontal aos três anos. Como Alicia explica, o nome do povoado vem de “ponta de terra” e, para fazer jus a como é chamado, está cercado por água, tendo apenas a estrada de terra com acesso a ele. Do outro lado do rio é Mangue Seco, Bahia, lugar famoso por ter sido cenário da novela global “Tieta do Agreste”, dos anos 1980.
Fonte:http://carosamigos.terra.com.br/
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